Como escutar melhor e ter resultados diferentes

Já tive problemas de escuta. Era muito afobada, sem paciência para escutar.  Isso me atrapalhava muito.

Interessante pois amigos dizem eu ser boa ouvinte. Até pode ser, pois sempre apreciei escutar conversas de meus avós e de meus tios também.

Mas, profissionalmente, quando uma pessoa demorava para expor suas ideias, eu “viajava”.  Desviava minha atenção sem me preocupar com o outro. Outras vezes, interrompia seguidamente com o objetivo de apressar sua fala. Bem inapropriado.

Depois de um tempo, melhorei e mudei.

Não! Enganei-me de novo. Tinha a tendência natural, automática, de pensar pelo outro, como se dissesse: “isso eu já sei.”

Só aprendi a ter uma escuta ativa, preciosa, com meus atendimentos de mentoria e coaching.

Sim, escuta ativa se aprende. Pode ser adquirida e ou se desenvolver na prática.

Escutar é diferente de ouvir. Escutar tem a ver com dar mais atenção, sem ouvir no automático. É sair de dentro de si, abrir-se ao outro e silenciar para escutar.

Ela faz parte do processo de comunicação mais assertiva.  Comunicação não é o que você fala somente. É o que o outro entende.

É muito desagradável conversarmos com alguém e sermos interrompidos toda hora. Ou verificarmos a falta de interesse da pessoa ao desviar sua atenção para outras coisas, normalmente o celular.  Necessário lembrar que a linguagem corporal utilizada é relevante para ambos.

Em treinamentos, o excesso de conteúdo apresentado e o tempo de exposição podem atrapalhar em vez de ajudar no entendimento do assunto. Daí quem está assistindo pode “fugir” também.

Fazer perguntas para coletar mais informações e se aprofundar no assunto demonstra interesse na conversa.  Vale saber o momento apropriado para isso. Normalmente, as regras, no caso de treinamentos, palestras ou estudos de casos, são definidas no início dos encontros. Também, o palestrante, comunicador ou com quem estiver falando, questionar o entendimento do ouvinte.

Outro exemplo da falta de escuta ativa é em reuniões de equipes, em empresas, quando não escutamos nossos colegas ou liderança e já partimos para o julgamento. Agimos como experts e interrompemos toda hora. Isso dificulta os resultados de um bom trabalho. E vem a reclamação mais comum: “Ninguém me escuta.”

Thomas Brieu, especialista em Escutatória, diz que “escutar é dizer ao outro o que as palavras dele fizerem em mim”.  É a verdadeira troca de experiências usando a escuta ativa.

Dois elementos são essenciais na escuta ativa: aceitação e empatia. Termos humildade para escutar realmente o que o outro está dizendo e nos colocar no lugar dele.  Mostrar interesse em sua pessoa e em seu conteúdo. Entender as necessidades do próximo com a escuta ativa em vários lugares.

Benefícios da escuta ativa:

  • Ter uma equipe mais focada e unida nas empresas;
  • Evitar mal-entendidos;
  • Equipe se sentir confiante em falar;
  • Melhorar a comunicação interpessoal entre a equipe e toda empresa;
  • Absorver mais conteúdos em palestras, seminários ou treinamentos;
  • Mostrar interesse em conversas pessoais e fortalecer relacionamentos;
  • Manter feedback assertivo;
  • Trabalhar mais a empatia;
  • Fechar bons negócios.

Finalizo este ensaio, e o assunto é vasto, com outro pensamento:

“Aprenda a ouvir. A oportunidade pode estar batendo bem baixinho à sua porta.” – Frank Tyger

2 Comments

  • Obrigada pelo material!
    Como de praxe, sempre bem embasado e com muito valor agregado!

    Reply

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