Como deixar de se levar pelo final de ano de promessas
O desejo de festejar e de cumprimentar o máximo de pessoas invade a todos no ritual de final de ano. Pode ser um ato de amor ao próximo ou uma necessidade de busca de afeto.
Existem também aquelas pessoas que ficam ou dizem ser o Natal ou a passagem do ano um dia normal, qualquer como tanto outros. Alguns até esquecem o verdadeiro sentido do Natal.
O final de ano desperta vários sentimentos nas pessoas em sua vida familiar e profissional. Tudo isso impulsionado pelas mídias sociais, carga publicitária ou pelos próprios amigos e colegas de trabalho. As perguntas aparecem: – E aí, como festejará o Natal? – O que fará diferente no próximo ano?
Minha memória trouxe a situação de duas caixas de supermercado em dois dias diferentes perto do Natal. Uma me atendeu sem me olhar e quase não dava para escutar o que estava falando; outra me atendeu sorrindo e me desejou um Natal diferente. O que estavam sentindo?
Uma sensação de cobrança pode invadir a maioria das pessoas. Acontece com você? O velho filme se repete a cada final de ano?
A necessidade de se conectar com nosso eu verdadeiro vale mais nesses momentos. Felizmente, há pessoas que transmitem muita doação e paz. E como é bom receber e proporcionar alegrias.
E muitos fazem uma análise real do acontecido, do ano vivido, sem culpar ninguém e assumem seus erros para melhorar seus atos e se tornar humanos melhores. Ao sermos melhores, daremos mais valor aos vínculos familiares, às amizades e aos grupos profissionais.
E essa melhoria pode acontecer ano a ano e, também, mais especificamente em cada dia, no agora.
Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Agora, na página 69, nos fala sobre “A alegria do ser” e trago uma parte da reflexão:
“…experimente usar o critério de se perguntar se existe alegria, naturalidade e leveza no que você está fazendo. Se não existir, é porque o tempo está encobrindo o momento presente e a vida está sendo percebida como um encargo ou uma luta.
A ausência de alegria, naturalidade ou leveza no que estamos fazendo não significa, necessariamente, que precisemos mudar o que estamos fazendo. Talvez baste mudarmos o como. ‘Como’ é sempre mais importante do que ‘o que’. Verifique se você pode dar muito mais atenção ao fazer do que ao resultado desejado através do fazer. (…)
Ao respeitarmos o momento presente, toda a luta e a infelicidade se dissolvem e a vida começa a fluir com alegria e naturalidade. Ao agirmos com a consciência do momento presente, tudo o que fizermos virá com um sentido de qualidade, cuidado e amor, mesmo a simples ação.”
Jesus disse: “Nunca fiquem ansiosos por causa do amanhã, pois o amanhã terá suas próprias ansiedades.” Não concorda: “Bastam a cada dia suas próprias dificuldades?” — Mateus 6:34.
Não estou excluindo o planejamento de nossas vidas, pelo contrário, devemos sim planejar nossas ações para termos um futuro melhor. Reforço que o planejar é um ato do presente também, um ato que acontece no agora. Importante é não se cobrar tanto!
Minha mensagem final: viver cada dia com muito intensidade, na alegria, na paz, na doação e na felicidade irradiante nos 365 dias do ano.
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