3 relatos sobre chamadas de atenção para corrigir erros
Educar não é uma tarefa fácil.
Precisa-se de conhecimento da situação, atenção neutra, sem envolvimento pessoal, colocar-se no lugar do outro e saber como despertar no outro o desejo de fazer certo da próxima vez.
Trago três situações diferentes para a sua análise.
O empresário Clovis Tramontina tinha o hábito de discutir assuntos de carreira fora do ambiente de trabalho. Convidava o colaborador que desejava falar para uma pescaria. Questionava, após conversar sobre diversos assuntos, o seguinte:
“- O que está faltando para ti? Do que precisa para melhorar seu trabalho?” (Pág. 183 – Livro Clovis Tramontina – Paixão, Força e Coragem). Para elogiar, escolhia sempre lugares com pessoas ao redor.
Agora, imagine se todas as vezes ao errar você seja julgado como incompetente. A sua autoestima pode ser abalada e terá dificuldades em arriscar no futuro.
“Defeitos não fazem mal, quando há vontade de os corrigir.”
Machado de Assis
Conheci uma pessoa que era muito brigona. Pensava que ao agir assim estaria se impondo na profissão. Com isso intimidava as pessoas para se aproximar e dialogar. Sua atitude mudou ao descobrir que suas ações derivam de humilhações sofridas no passado e do medo do futuro.
Nesse caso, faltou empatia e compreensão das pessoas ao seu redor para ter uma conversa franca com ela.
“A maior expressão de empatia é sermos compreensivos
com alguém de quem não gostamos.”
Mark W. Baker
Terceiro exemplo de educar é a partir de erros cometidos pelas crianças.
Quem já não viu os pais assumirem a tarefa dada a uma criança porque ela não fez da maneira corretamente? Ao agir assim, os pais estão desestimulando e não ensinando seus filhos.
Os pais precisam acolher os filhos e mostrar a importância do erro como aprendizado e que acontece com todos. Se houver muita crítica, as crianças ficam envergonhadas e escondem outras situações com receio de represálias. E isso pode afetar o processo de desenvolvimento na fase adulta.
Lembrei-me como ficava chateada e me sentindo a pior da sala quando recebia um círculo vermelho ou um grande X vermelho no caderno.
Uma técnica com ótimo resultado é os pais, professores ou líderes se sensibilizarem com o outro e apresentarem uma situação pessoal de erro e aprendizado. Educar pelo exemplo é ótimo!
“Experiência é o nome que damos aos nossos erros.”
Oscar Wilde
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